Mídia e Preconceito: a importância de ler e criticar Monteiro Lobato

Mídia e Preconceito: a importância de ler e criticar Monteiro Lobato

Sidney Aguilar Filho

Nos últimos anos, a obra literária de José Bento Monteiro Lobato tem sido revisitada, provocando grandes controvérsias. Dois momentos marcantes acaloraram o debate: o primeiro suscitado pela eleição de Barack Obama à presidência dos EUA e o resgate do romance ficcional “O presidente negro”; e o segundo iniciado por proposições de retirada dos textos de Lobato da Educação Básica no Brasil por serem considerados preconceituosos.

“No período em que a mídia dedicou grande espaço ao tema, tangenciava-se Lobato por outra pesquisa histórica, então em curso” (cf. AGUILAR FILHO, 2001 ). Debruçado à época sobre O Presidente Negro, O escândalo do Petróleo e do Ferro e As Reinações de Narizinho analisando coletâneas de cartas pessoais e áudio radiofônico, instigou-se a vontade de divulgar texto escrito sobre o tema: Lobato e o pensamento eugenista. A opção pelo prudente e silencioso foi atitude que se mostrou acertada. Passada a onda, voltar ao tema adormecido tornou-se necessidade. No momento da “moda midiática”, a divulgação científica e a crítica literária foram acompanhadas de um grande número de análises perigosamente superficiais. “Ler ou não ler Lobato?” ficou no centro do holofote.

A questão “ler ou não Lobato?” soa em si equivocada. Afinal, como entender a História do Brasil no século XX sem lê-lo? Em especial, como analisar a História da Infância, da Educação, do mundo editorial e da exploração de petróleo e do ferro, das décadas de 1920, 30 e 40, sem fazê-lo? Como refletir sobre a cultura infantil das décadas de 1970 e 1980 sem a versão televisiva de suas obras infantis no Sítio do Pica-Pau Amarelo? Assim sendo, não há reflexão científica que sequer cogite sua censura, se aceito que a comunidade tenha acesso. As discussões decorrentes da resposta “não ler” seriam: “Censurá-las de qual parte da sociedade?” e “como?”. As respostas parecem estar na ponta da língua: das crianças, cerceando seus acessos às obras, coibindo o incentivo à sua leitura e/ou excluindo suas obras das bibliotecas públicas.

Independentemente das intenções dos que defendem parcialmente ou na totalidade tais ideias de censura, lembram Rui Barbosa e sua política de destruição documental da escravidão, como se fosse possível apagar a memória.Ou, mais importante, como se fosse desejável suprimi-la.

Diante do inevitável apontamento sobre o racismo e outros preconceitos em suas obras, sobretudo nas supracitadas, o reconhecimento é o único sentido possível, mas não em direção ao fim do caminho para as suas obras; apenas para um recomeço, com um novo olhar, crítico. Deve-se levar em consideração a inserção socioeconômica e cultural do autor e da obra na realidade histórica, uma análise das influências de Lobato na construção da realidade por ele vivida e da que se fez após sua morte.

O racismo em Lobato, para ser compreendido, necessita de uma ampliação conceitual. O adjetivo “eugenista” mostra-se mais completo, pois engloba diferentes formas de racismos e outras várias formas de preconceitos. Não basta enxergar o racismo em suas obras (entenda-se, segregacionismo de cunho eurocêntrico). O conjunto preconceituoso é bem mais amplo. No passado, era aceito ou não percebido (tido como comum) por amplos setores da sociedade, sobretudo nas elites econômicas e intelectuais. Atualmente, há de se perceber o racismo, criticá-lo e ir além: é preciso fazer o mesmo com os demais preconceitos presentes em Lobato e seus tempos. Afinal, ao olhar contemporâneo, os preconceitos de gênero (sexismo), de classe social (classismo-patrimonialismo), de formação escolar (bacharelismo) e a intolerância comportamental também precisam ser percebidos.

As concepções eugenistas aparecem sistematicamente nas obras de Lobato, revelando uma maneira considerada à época, por muitos, como científica. O termo eugenia (“boa geração”) foi cunhado em 1883 por Francis Galton, primo de Charles Darwin. Eugenia seria a ciência que lidaria com todas as influências que supostamente melhorariam as qualidades inatas de uma pressuposta raça em favor da evolução da humanidade. Galton partiu de uma proposição estatística de distribuição de talentos entre uma dada população, para defender que o caráter e as faculdades dos seres humanos seriam distribuídos de acordo com certas leis estatísticas. Desta forma, ele justificou que, como os cérebros de uma raça-pátria-nação encontravam-se principalmente em suas elites, aí se deveria concentrar a atenção e os esforços para o aprimoramento. Seria estatisticamente “mais proveitoso” investir nas elites e promover o “melhor estoque do que favorecer o pior”. Galton procurou demonstrar que as características humanas (inclusive as intelectuais, culturais e morais) decorriam da hereditariedade mais do que da própria História, dando início ao que seria conhecido como Darwinismo Social. O uso distorcido e falseado de seu pensamento agrediu a Darwin, que dele discordou publicamente e radicalmente. No entanto, o conceito distorcido foi ainda mais caro à História das Ciências, pois ajudou a criar pressupostos de uma pretensa evolução biológica/cultural que incentivou e favoreceu diversas formas de segregacionismos. Foi na invenção desta tradição científica que muitos racistas do fim do século XIX e do início do XX se nutriram, entre eles Monteiro Lobato. A noção de “raça” em seu sentido “científico” foi introduzida aos debates acadêmicos por Georges Cuvier e a de “degeneração da raça” por Arthur de Gobineau. Esses homens defenderam a supremacia do noroeste da Europa por uma pretensa superioridade racial. Essa presunção serviu de justificativa para imperialismo do capital europeu e estadunidense sobre o mundo. Formou-se um campo conceitual em que setores das elites econômicas e seus intelectuais elaboraram novos conceitos a serviço da perpetuação, por uma modernização conservadora, de uma sociedade de exclusão e de exploração.

Monteiro Lobato, visto por suas obras, cartas e entrevistas, pode e deve ser percebido como um defensor das ideias de eugenia, com todas as implicações dessa conceituação. Na mesma medida, era também homem de negócios que não escondia seu contínuo interesse pelo lucro. Ele era sistemático, pragmático e curioso nos seus variados interesses. A literatura, o petróleo, a siderurgia e a editora foram seus negócios principais. Empreendimentos que lhe valeram fama, fortuna e confrontos jurídicos e políticos. Incluindo um período na prisão, menos por questões políticas e mais por choques de interesses econômicos.

No Brasil, essa tentativa de naturalização do processo histórico através do “gene” ou da “raça” criou um plano teórico gelatinoso, modernizante-conservador, que subsidiou a criminologia e a antropometria de Nina Rodrigues e de Afrânio Peixoto, deu sustentação ao sanitarismo de Belisário Penna e de Paula Souza, influenciou a educação de Capanema e Fernando de Azevedo, o higienismo/eugenismo de Abreu Fialho, Artur Neiva e Renato Kehl, marcou o pensamento jurídico de Francisco Campos, a literatura de Monteiro Lobato e a “democracia autoritária” e racista de Gustavo Barroso e Oliveira Viana. Inúmeros outros exemplos poderiam ser citados, mas estes já permitem uma análise bastante caleidoscópica da intersecção do plano teórico-científico com teórico-político sobre a construção do Estado, da Nação e da “Raça” na consolidação do capitalismo no Brasil.

A obra de Oliveira Viana, quase desaparecida das bibliotecas e dos cursos de sociologia, serve como bom exemplo de como o cerceamento pode ser danoso. Sua obra, assim como a de Nina Rodrigues, outra expurgada, são absolutamente fundamentais para se compreender o pensamento e as práticas segregacionistas do Brasil contemporâneo.

Nesse sentido, torna-se importante destacar a elaboração intelectual que dialogou com as ideias eugenistas da época. Faz-se necessário compreender o ideário dos que influenciaram ou atuaram diretamente nas políticas públicas em defesa de práticas de pressuposta eugenia e verificar como essas ideias chegaram até a elaboração das leis e nas políticas públicas.

O período estudado mais produtivo e tenso de Lobato foi o da Era Vargas (1930-45), alguns anos antecedentes e outros subsequentes. Este período foi marcado pela urbanização, processo que se intensificou a partir da Primeira Guerra Mundial e se estendeu até a década de 1980. Desde fins do XIX, sobretudo nos discursos e práticas marcadas pelo Positivismo, o rural foi visto como puro, ingênuo, virgem, selvagem e bárbaro, e o urbano, como corrompido, velhaco, maculado, domesticado e civilizado. Era uma visão dicotômica, maniqueísta, porém complexa. Nesta visão, os sertões (natureza e sociedade) deveriam ser domesticados e civilizados, postos no colo, conquistados se necessário, por serem, puros, ingênuos e bárbaros. Sujeitos a processos de “regeneração” por segregação ou dispersão. As “casas de campo” da burguesia, os “manicômios”, as “colônias” “penais”, de “leprosos”, de “tuberculosos” e “educacionais” são alguns exemplos dessa ideia de que o rural poderia servir de “curativo aos males da civilização”.  O urbano, nesta mesma linha de raciocínio, aparece como espaço a ser controlado, higienizado e “regenerado”. Os mundos do campo e da cidade possuíam lógica de interdependência, sobretudo entre os defensores das “políticas de eugenia”.

A partir da cidade, fez-se um imaginário do “mundo rural”, em que o campo apareceu “puro e regenerador”, desde que sob o controle da “racionalidade e da moralidade burguesa e urbana”.

Como em Juca Mulato de Menotti Del Picchia (1923, p. 24)[1], o espaço rural aparece como uma natureza domada ou ser domada, bruta ou infantilizada, um meio bárbaro, de natureza e de humanidade, abandonado e ignorante. Espaço a ser domado, colonizado para ser regenerado higienizado, como o lobatismo do Zé Brasil e não o do Jeca Tatu, ou ainda, como na fazenda do cientista e professor-doutor Benson, em seu laboratório de alta tecnologia no meio das montanhas e dos sertões, na obra racista O Presidente Negro escrito em 1926[2].

Concepções semelhantes acerca do espaço rural e da sociedade camponesa foram encontradas também nos debates constituintes, nos tratados racistas, nas práticas das áreas penal, assistencialista, de imigração, de saúde e de educação. Dentre elas, destaca-se aqui a

1 – Integralista de tendências antissemitas o autor, em referência ao Juca Mulato escreveu:

Como se sente bem recostado no chão!

Elle é como uma pedra, é como a correnteza,

Uma coisa qualquer dentro da natureza

Amalgamada ao mesmo anseio, ao mesmo amplexo,

A esse desejo de viver grande e complexo,

Que tudo abarca numa força de cohesão.

Comprehende em tudo ambições novas e felizes,

Tem desejos até de rebrotar raízes,

Deitar ramas pelo ar,

Sorver, junto da planta, e sobre a mesma leiva,

O mesmo anseio de subir, a mesma leiva,

O mesmo anseio de subir, a mesma seiva, romper em brotos, florescer, frutificar!

2 – Habib (2003) mostrou a presença de um projeto de intervenção social em parte da obra de Monteiro Lobato com forte teor racista/eugenista.

proposta de Miguel Couto de criar institutos agrícolas em regime de internato, a fim de levar todas as crianças das zonas rurais desprovidas de escolas dos 8 anos aos 18 anos para serem posteriormente devolvidas “civilizadas” às suas casas. Este pensamento reportava à ideia das reduções jesuíticas do período colonial, acrescida das “ciências” e da racionalidade do século XX.

As “colônias agrícolas” tiveram fortes teores médico-racista (de “eugenia” para os “degenerados”), educativo (civilizar, submeter e reduzir para moralizar) e capitalista (tornar produtivos). Elas compuseram, assim, a consolidação do Estado-autoritário-burguês no Brasil.

Ironia ou não, José Bento Monteiro Lobato, em carta ao amigo Cesidio Ambrogi, parabenizando-o pelo nascimento do filho, provavelmente de 1943, revela explicitamente essa questão

Um filho novo! Mas isso é lindo, porque indica mocidade e capacidade criadora. Eu, fosse Estado Novo, fazia uma lei acabando com a liberdade de procrear. Para ter filho era necessario um atestado de habilitação e uma permissão especial. A gente feia ficava proibida de reproduzir-se. Outros teriam licença para um filho só. Outros, dois e tres. E alguns teriam licença sem limites. Voce, meu caro, entrava para este grupo. E não precisava produzir filhos só em casa – teria licença de fazer roças grandes, por montes e vales. Porque sabe ter filhos bonitos e claros. Voce, Cesidio, é um embelezador e embranquecedor desta raça tão feia e encardida. Não me esqueço nunca do encanto que é a tua filhinha gorda e de fala grossa (apud TIN, 2007, p. 384-385; sic).

A Narizinho Arrebitado, no original, assemelha-se muito a essa descrição.

Figura 1: Capa do original de 1931 de As Reinações de Narizinho.

1

Assim também eram o modelo de beleza e o padrão estético infantil encontrado na mídia do período.

Figura 1: Capa do original de 1931 de As Reinações de Narizinho.

2

Fonte: Revista da Semana, ano XXV, n. 29, de 12/07/1924.

A Revista da Semana era uma publicação da primeira metade do século XX. Foi, em seu tempo, um dos mais importantes semanários do país, em tiragem e em duração. Era “(…) uma Revista tão acentuadamente conservadora, lida e estimada pela classe burguesa, considerada o seu órgão predileto (…)”. Era voltada à família, e feita para a mesa de centro da sala de estar. Dela participaram – ou para ela trabalharam – alguns dos principais articulistas, cronistas, chargistas e fotógrafos brasileiros do período. A Revista da Semana foi utilizada pela penetração nesses setores, por sua longevidade, rara na imprensa brasileira e por sua variedade temática. Ao olhá-la deste início de século XXI, a linguagem mostrou-se evidente. Ao se procurar os preconceitos e conceitos (no sentido de concepções de mundo), pouco ou nada se encontram de meias palavras.

Figura 3: Padrão estético infantil retratado pela mídia do período (II).

3

Fonte: Revista da Semana, ano XXV, n. 29, de 12/07/1924.

Ao relacionar uma concepção específica de estética do belo à ideia de saúde e de superioridade, seus editores, anunciantes e leitores criaram um imaginário que compôs o universo cultural da Capital Federal: a obesidade e a brancura-rósea nos bebês, a retidão e rigidez corpórea associada à brancura nos adolescentes, a cútis alva dos rostos e das mãos nas mulheres de silhueta esguia, o belo masculino das esculturas clássicas greco-romanas. A quase ausência de diversidade socioeconômica, cultural, ideológica e estética produziu um som gritante acompanhado de um silêncio também muito audível. A revista e parte de seu público leitor faziam relações de oposição simples. Foram selecionadas as raríssimas imagens de pobreza, em geral de grande violência simbólica. Algumas foram acompanhadas de textos acintosamente racistas e classistas.

Figura 4: Exemplos de relações de oposição criadas pelas revistas da época.

4

Fonte: Revista da Semana, ano XXXIV, n. 16, de 14/04/1933

4-1

Fonte: Revista da Semana, ano XXXI, n. 16, de 05/04/1930

É impossível deixar de notar a semelhança de tal ideologia com as de Renato Kehl. Kehl foi um dos pensadores eugenistas que mais se dedicou à discussão sobre beleza/feiura/eugenia. Em A cura da fealdade: Eugenia e medicina social (publicado em 1923, por Monteiro Lobato) e em Formulário da belleza: fórmulas escolhidas (publicado em 1927 por Francisco Alves), ele conceitua o “belo” e propõe a eugenia como sua guardiã. Em relação à beleza feminina, afirmou ser aquela que possui “as justas proporções das partes, harmonia de linhas, esbelteza no talhe, delicadeza de contornos, epiderme rosada e fina, além dos predicados indispensáveis de saúde e robustez” (KEHL, 1927, p. 15-16).

Outra verificação elucidativa das concepções ideológicas e estéticas do período foi o encontro de um grande número de propagandas de produtos “miraculosos” para embranquecer a pele, maquiagens para tornar a cútis alva, aparelhos para modelar o nariz e produtos para alisar ou ondular os cabelos, reafirmando traços de uma concepção eugenista eurocêntrica dos editores, das propagandas e dos que consumiam tal formulação estética.

Figura 5: Anúncio “As três graças: mocidade, belleza e paisagem”.

5

Fonte: Revista da Semana, XXXII, 31, 08/12/1931.

A respeito dessa temática, Silva e Goellner (2008) mostram a contraposição entre a mulher “sedentária” e a mulher “saudável” na obra de Renato Khel e suas relações com as concepções higienistas e eugenistas no período. Outras imagens exemplificadoras podem ser vistas no quarto anexo do livro, intitulado O corpo feminino: Mocidade, beleza, disciplina e controle.

Figura 6: Anúncio do “Creme de Belleza Oriental”.

6

Fonte: Revista da Semana, XV, s. n., 27/09/1924.

O preconceito estético – e seus padrões rígidos de beleza que assolam e agride as atuais crianças e adolescentes – possuiu uma História passível de compreensão e de transformação. Não só as crianças precisam ler Lobato, mas, sobretudo, precisam ver e enxergar os preconceitos ao seu redor, desmontá-los e criticá-los. Precisam entender as causas de certos horrores da sociedade a que pertencem e ter o direito de mudar a realidade em seu cotidiano, na mesma medida em que as crianças das gerações anteriores foram capazes de compreender e reproduzir o “universo infantil” do autor. As novas conseguirão, com liberdade e apoio, compreender seu mundo e se divertir ainda mais em suas vidas, ao lerem os personagens infantis de Lobato, criticando e abandonando certas ignorâncias dos tempos de seus pais e dos avós.

A boneca da “nega maluca” no colo da “cocota” grita racismo (e um racismo não reprimido), aceito para se colocar na capa da revista e, por isso mesmo, revelador do autoritarismo preconceituoso e agressivo do imaginário do grupo social estudado no período.

Figura 7: Capa de um exemplar da Revista da Semana.

7

Fonte: Revista da Semana, ano XXXI, n. 20, de 05/05/1930.

Não é negando ou escondendo o passado que se combate o preconceito. É necessário constar a verdade para as nossas crianças, sem meias palavras. Não adianta esconder a Cuca. Assim, também não adianta esconder a, a Narizinho Arrebitado, Tia Anastácia ou o Tio Barnabé.

Referências:

CORRÊA, Marisa. As Ilusões da Liberdade: A escola Nina Rodrigues e a antropologia no Brasil. Bragança Paulista: Editora da Universidade São Francisco, 2000.

DEL PICCHIA, Menotti. Juca Mulato. São Paulo: Monteiro Lobato & Cia, 1923.

DIWAN, Pietra: Raça Pura. Uma história da eugenia no Brasil e no mundo. São Paulo: Contexto, 2007.

FLORES, Maria Bernadete Ramos. Tecnologia e Estética do Racismo. Chapecó: Argos, 2007.

KEHL, Renato. Formulário da belleza: fórmulas escolhidas. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1927.

______. A cura da fealdade: Eugenia e medicina social. São Paulo: Monteiro Lobato & Co-Editores, 1923.

LOBATO, José Bento Monteiro. As Reinações de Narizinho. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1931.

______. O Presidente Negro. São Paulo: Clube do Livro, 1945.

______. O Escandalo do Petróleo e do Ferro. São Paulo: Editora Brasiliense, 1956.

SILVA, André Luiz Santos; GOELLNER, Silvana Vilodre. Sedentárias e Coquettes à margem: corpos e feminilidades desviantes na obra de Renato Kehl. Pensar e Prática, v. 11, p. 26-36, 2008.

TIN, Emerson. Em busca do lobato das Cartas. Tese de Doutorado, IEL – Universidade de Campinas, 2007.

VIANA, Francisco José de Oliveira. Populações Meridionais do Brasil, v. 1 e 2. Belo Horizonte/Niterói: Itatiaia/EdUFF, 1987.

______.  Raça e Assimilação. 4.ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1959.

______.  O Idealismo da Constituição. 2.ª ed. Rio de Janeiro: Companhia Editora Nacional, 1939.